Entrando hoje numa discussão mais cabeça, andei pensando sobre um tema que afeta todas as pessoas, a sexualidade.
Engraçado que falar em sexo já se trata de um tabu fortíssimo, embora todos gostem de fazer (em geral) e se interessem de uma maneira ou de outra pelo assunto. Daí chego à conclusão que se falar de sexo é complicado, imagina só falar de algo mais complexo como a sexualidade! Será que nossas máscaras nos vão permitir dissertar, ler e discutir o tema como alguém livre? Sim, livre de preconceitos e livre de pré-julgamentos.
Aqui meus caros amigos, ser loquaz não me serve, então usarei minha habitual linguagem e discutiremos algo que perpassa a vida de cada um de nós: A sexualidade.
Em primeiro lugar meus (minhas) leitores (as) devemos nos perguntar: Que "jhabo" é sexualidade? Sim, claro, sexualidade tem haver com sexo, mas não É o sexo. Daí pergunto meus (as) amigos (as) o que significa essa palavra? A minha resposta a todos vocês é: boa pergunta.
Sexualidade é um termo por demais abrangente que não se enquadra em uma simples definição, mas para nós basta saber que se trata de muito mais que o sexo, também abrange elementos como o gênero, conhecimento do corpo, do prazer e das necessidades afetivas, engloba algo muito maior que apenas o ato sexual, e compreende elementos que são necessários para a própria felicidade do ser.
Nossa! Quanta coisa, e eu aqui pensando que esse negócio somente se referia ao sexo. Vejam bem meus caros amigos, não temos como discutir TODOS os temas acerca da sexualidade aqui, no entanto vamos esclarecer ao menos sobre alguns deles:
Gênero: Normalmente o gênero no senso comum se refere à forma na qual você nasceu, no entanto tentem entender algo: ser homem ou mulher nem sempre quer dizer que o corpo biológico corresponde à realidade psicológica do ser. Existem casos nos quais um "menino" tem o psicológico de uma menina e vice e versa. Sendo assim embora o corpo seja correspondente ao gênero masculino, no exemplo dado a pessoa se classifica como alguém do sexo feminino e é chamada de transgênero.
Então alguém aí deve ta pensando: "Pra mim é viado do mesmo jeito!" Veja bem... NÃO É! Mesmo que você discorde. O transgênero quer ter o corpo do sexo fisicamente oposto, e vai se submeter ao que for preciso pra isso, nesse caso é uma forma de adquirir satisfação consigo e se sentir no corpo ao qual pertence, portanto difere muito da comparação feita com um homossexual.
Nesse caso vamos entender gênero como o papel social inerente ao sexo (masculino ou feminino), abrangendo suas atribuições e preferências.
Orientação sexual: Segundo a cartilha do MEC orientação sexual engloba três aspectos: o biológico, o psíquico e o sociocultural. Devemos entender primeiramente que em algumas sociedades a relação homossexual é inserida como algo cotidiano, natural e não restrita, ou seja, não existem "barreiras" morais impostas por sociedades semelhantes à nossa, isso justifica a ultima colocação do MEC.
Para nós (englobando aqui os dois primeiros fatores inclusos na orientação sexual na cartilha do MEC) orientação sexual vai se referir à atração sexual, ou seja, por quem o indivíduo sente tesão, se apaixona ou quer manter uma união. Tendo 3 casos:
Heteroafetivos - São os Heterossexuais, pessoas que se sentem atraídas pelo sexo oposto. Notem que nesse caso, caso a pessoa se enquadre como transgênero ela será considerada heterossexual caso sinta atração pelo sexo psicologicamente oposto.
Homoafetivos - Ou Homossexuais, lembrando aqui que não se deve utilizar o termo "homossexualismo" e sim homossexualidade, a terminação "ismo" indica algo como uma doença, coisa que já foi descartada pela ciência no caso dos homossexuais. São pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo.
Biafetivos - São os Bissexuais, ou seja, pessoas que sentem atração por ambos os sexos.
Falando assim fica tudo muito bonitinho né? Mas na verdade isso é bem mais complexo. Existem coisas como "pansexuais" que se excitam até com um pneu furado por exemplo (pois é...). E mesmo a orientação restrita às três principais áreas citadas acima ainda existem variações.
Confimando o descrito acima Alfred Kinsey e colaboradores elaboraram uma escala que remete à sexualidade, e diz coisas interessantes sobre a psiquê humana nesse aspecto. Segue abaixo uma imagem do que seriam as variações listadas pela escala:
Nessa escala o comportamento homossexual pode variar de incidental (um mero acontecimento) até algo frequente ou obrigatório (exclusivamente homossexual). Esse estudo publicado pelo Kinsey nos mostra que somos muito mais complexos do que pensamos.
Então pessoal, abro essa postagem para que possamos discutir de forma imparcial esse assunto, espero que tenha sido informativo e que ajude a tirar alguns grilos das cabeças de vocês. O importante acima de tudo é viver e amar, a forma como isso vai acontecer cabe a cada um. Aproveitem isso!
Sexo Alto Astral
